O médico infectologista Kleber Luz, professor de Medicina da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), lembra que, no caso do Zika
Vírus, a transmissão não acontece somente através da picada do mosquito Aedes
aegypti — ou Aedes albopictus, mais específico para a Zika e que já está no
Brasil e em Salvador. O mosquito albopictus já existe em Salvador, foi
identificado por pesquisadores no Vale do Canela. O inseto veio exportado para
o Brasil em contêineres de navios, segundo o subsecretário da Saúde, Roberto
Badaró. Segundo Luz, outro aspecto importante são as possibilidades de
transmissão: perinatal (de mãe para filho), transfusão de sangue e via
sexual. “Esses vírus acabam tendo essas
possibilidades de transmissão, além, é claro, pelo mosquito do gênero Aedes”,
explicou Luz, na apresentação aos 250 médicos, na quarta-feira (8), no Hospital
Geral Roberto Santos. Outro aspecto observado sobre o Zika Vírus é o grau de
eficiência.“O Zika está se mostrando altamente virulento. Pelo que a gente
nota, é necessário uma quantidade pequena para o desenvolvimento do vírus”,
disse o infectologista Fábio Amorim, do Hospital Couto Maia e da Clínica Cehon.
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