terça-feira, 4 de abril de 2017

Com apoio de helicóptero polícia aperta o cerco na região de Tanhaçu e Ituaçu e Brumado contra assaltantes de banco; houve confronto

Um dos veículos usados pelos bandidos foi abandonado.
Guarnições de várias companhias estão na região de Tanhaçu e Ituaçu na captura dos assaltantes que explodiram duas agências bancárias no município de Boa Nova e, após empreender fuga, tocaram terror no distrito de Catingal, onde teriam pegos três moradores que se preparam para viajar para Manoel Vitorino.

A bordo de três caminhonetes, porém, policiais que já estavam no encalço, fizeram a abordagem e houve troca de tiros, fazendo com que alguns dos bandidos abandonassem os veículos e adentrassem na caatinga.

Segundo informações preliminares dão conta que dois bandidos foram baleados e mortos, porém ainda não há por parte da polícia esta confirmação.

 Um helicóptero está dando apoio.

Na manhã desta terça – feira (04), a folha apurou que diversas viaturas, com o apoio de um helicóptero estão fazendo buscas na região de Ituaçu, Tanhaçu e Brumado, nas localidades de Lagoa da Lage, Tranqueiras, Cristalândia e outras localidades, para onde supostamente os bandidos teriam tomado destino após trocarem tiros com a guarnição do posto rodoviário.


Fotos: Informe Barra

Cangaço: Madrugada de terror em Boa Nova

 Quadrilha invade cidade, rouba banco e faz guardas reféns
Agência de banco ficou destruída após ação de bandidos no sudoeste da Bahia (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)

Um grupo formado por cerca de 25 homens, armados com fuzis e explosivos, invadiu a cidade de Boa Nova, no sudoeste da Bahia, roubou uma agência bancária no município e causou pânico entre os moradores, na madrugada desta terça-feira (4). De acordo com a Polícia Militar, os bandidos ainda fizeram dois guardas municipais reféns. A ação durou cerca de 40 minutos. Ninguém ficou ferido. Durante a fuga do bandidos, os guardas foram libertados a cerca de 6 km da cidade. Ainda segundo a polícia, os criminosos chegaram em, ao menos, cinco veículos e fecharam as saídas da cidade. Todo o grupo atuou, simultaneamente, em três diferentes pontos da cidade. Enquanto uma parte da quadrilha fechava as saídas do município, outra parte trocava tiros com a guarnição da Polícia Militar. O terceiro grupo, segundo a polícia, explodiu a agência e destruiu as instalações. O dinheiro do banco foi levado, mas a quantia não foi informada. A polícia afirmou ainda que a quadrilha chegou a ser alcançada por guarnições da PM, no distrito de Catingal, município de Manoel Vitorino, onde trocou tiros com a polícia, mas conseguiu fugir. Na manhã desta terça-feira, policiais permanecem em busca dos bandidos.

sábado, 1 de abril de 2017

Remédios tem reajuste e fica até 4,76% mais caros

(Foto: Reprodução)
Os preços dos remédios poderão subir até 4,76% a partir desta sexta-feira (31). Resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), órgão do governo formado por representantes de vários ministérios, fixou em 4,76% o reajuste máximo permitido aos fabricantes na definição dos preços dos medicamentos. A decisão foi publicada no "Diário Oficial da União". A regulação é válida para um universo de mais de 19 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro. Em 2016, o reajuste máximo autorizado foi de 12,5%. Em 2015, foi de 7,7%. Em 2014, o reajuste foi de 5,68%. De acordo com a portaria, o reajuste leva em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 10 de março de 2017, acumulando uma taxa de 4,76%, no período compreendido entre março de 2016 e fevereiro de 2017. Foram autorizados 3 níveis diferentes de alta, conforme o perfil de concorrência dos produtos, seguindo a lógica de que, nas categorias com um maior número de genéricos, a concorrência é maior e, portanto, o aumento também pode ser maior.

Nível 1: Classes terapêuticas sem evidências de concentração - 4,76%

Nível 2: Classes terapêuticas moderadamente concentradas - 3,06%


Nível 3: Classes terapêuticas fortemente concentradas - 1,36%

Caminhão de Coleta de Lixo é solicitado na Câmara Legislativa de Aracatu

Fotos do Blog Aracatu News
Indicado pelo Vereador Bismarc Lima, a bancada legislativa de Aracatu, aprovou por unanimidade na manhã dessa sexta-feira (31), a solicitação de um Caminhão Coletor de Lixo, para melhor viabilizar a limpezas das ruas da cidade e melhorias na infraestrutura dos profissionais que exercem a função.
Segundo Bismarc, a aquisição de um veículo próprio para a coleta de lixo, poderá sem dúvida, beneficiar a cidade na melhor destinação dos resíduos sólidos, proporcionando uma maior limpeza, além de contribuir para o meio ambiente, pois os caminhões coletores de lixo são econômicos ao se tratar de espaço de armazenamento, na medida em que podem transportar uma quantidade maior de lixo, economizado combustível e diminuído a emissão de poluentes.

Além do caminhão coletor de lixo, o vereador solicita em sua indicação, infraestrutura para os profissionais da área uma vez que é necessário uniforme adequando para que não haja nenhum tipo de contaminação e segurança. “Presenciei a retirada do lixo de alguns locais durante essa semana, e percebi que não é adequada, nem para o meio ambiente, muito menos para as pessoas que exercem a função, não há segurança e material para o trabalho” afirma Bismarc.

Informações ASCOM BISMARC

Centrais sindicais e movimentos sociais protestam contra reforma da Previdência em todo país

Da Agência Brasil*

Centrais sindicais e movimentos sociais convocaram para hoje (31) atos em várias cidades do país. Os manifestantes protestam contra a reforma da Previdência, reforma trabalhista e o projeto de lei da terceirização, aprovado pela Câmara dos Deputados e que permite a uma empresa contratar trabalhadores terceirizados para todas as atividades. O projeto aguarda sanção do presidente Michel Temer.

São Paulo

O protesto contra a Reforma da Previdência e a terceirização começou no início da tarde e foi encerrado por volta das 19h30 na Praça da República, centro da capital paulista. Os manifestantes se reuniram no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e saíram em passeata pela avenida Paulista, desceram a rua da Consolação e percorreram ruas do centro até chegar ao destino.

CUT e movimentos sociais fazem protesto na Avenida Paulista contra reforma da Previdência e o projeto da terceirização

CUT e movimentos sociais fazem protesto na Avenida Paulista contra reforma da Previdência e o projeto da terceirizaçãoCamila Boehm/Agência Brasil
O ato foi convocado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular e reuniu diversas categorias, como metalúrgicos, professores estaduais e municipais, químicos, metroviários, estudantes, professores universitários, além de centrais sindicais e movimentos sociais. Durante a caminhada, o grupo pediu a saída do presidente Michel Temer e protestou contra as reformas em tramitação na Câmara dos Deputados.

Segundo o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, o ato de hoje foi uma mobilização vitoriosa. “Aqui em São Paulo, nós reunimos mais de 50 mil pessoas. As informações que chegam de todo o Brasil são de mobilizações muito expressivas.  Ou seja, o caldo de rua está virando, isso ficou muito claro no dia 15 [quando houve protestos e paralisações pelo país principalmente contra a Reforma da Previdência].” A  Polícia Militar não estimou o número de manifestantes.

Boulos disse que durante o mês de abril os movimentos farão um trabalho de preparação para o dia 28, para quando está marcada uma greve geral. Pela manhã, foram realizados protestos menores que alteraram o trânsito, como na Avenida Jacú Pêssego, na saída de São Paulo para a cidade de Mauá. Na Estrada do M'Boi Mirim, na zona sul, manifestantes ocuparam parte da pista e atearam fogo a pneus. As chamas foram apagadas pelos bombeiros e a via liberada.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, os manifestantes se concentraram, às 15h, na Igreja da Candelária e saíram em passeata, às 18h, pela Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. Eles foram apoiados por um caminhão de som, onde se concentram as lideranças políticas, que se alternaram em discursos com críticas às reformas propostas pelo governo federal. O grupo seguiu até as escadarias da Câmara Municipal, quando o caminhão estacionou e deu seguimento ao ato.



Rio de Janeiro - Trabalhadores e estudantes protestam contra reforma da previdência em passeata no centro da cidade (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Trabalhadores e estudantes protestam contra reforma da Previdência em passeata no centro da cidadeFernando Frazão/Agência Brasil
Homens do Batalhão de Grandes Eventos acompanham os manifestantes. Até às 19h, o protesto seguia pacífico. Um grupo de estudantes, incluindo alguns mascarados, acompanharam a manifestação, mas evitaram se unir aos sindicalistas, ficando longe do caminhão de som.

Fortaleza

O ato começou na Praça da Bandeira e foi até a Praça do Ferreira. Integrantes de centrais sindicais, organizações da sociedade civil, trabalhadores de diferentes categorias, indígenas e outros segmentos caminharam com faixas, cartazes e bandeiras pedindo a suspensão dos projetos que tratam das reformas da Previdência, trabalhista e que permite a terceirização de mão-de-obra em qualquer atividade.

Vários estudantes participaram do ato. Para o integrante do Movimento RUA, Marcelo Sousa Lima, o ato integra a mobilização feirua por centros e diretórios acadêmicos para sensibilizar os jovens sobre a importância de defender os direitos sociais e pressionar o governo para mudanças das reformas propostas.

“A juventude está perdendo uma série de direitos. Se formos falar em termos de aposentadoria, quem são os maiores prejudicados? A médio e longo prazo, é a grande massa de jovens de hoje. Fora o problema do desemprego. Os quase 13 milhões de desempregados são, sobretudo, jovens – ou estão desempregados ou em péssimas condições de trabalho na dita terceirização", disse.

A organização do evento divulgou uma estimativa de 30 mil pessoas. A Polícia Militar não contabilizou o número de participantes.

Salvador

Na capital baiana, representantes de diversas categorias, centrais sindicais, movimentos sociais e frentes populares se encontraram no Campo da Pólvora, Praça do Fórum Ruy Barbosa, no bairro central de Nazaré. O protesto teve início às 9h, e os manifestantes seguiram pela Avenida Joana Angélica, em direção ao bairro do Barbalho.

Para a médica Mônica Angelim, do movimento Médicos pela Democracia, a terceirização e a reforma da Previdência são “medidas retrógradas, que ameaçam os direitos dos trabalhadores”.

“O povo acordou, está na rua e vai lutar até ver os direitos dos trabalhadores preservados, como garantia de férias, FGTS. Por isso que hoje a classe trabalhadora ganhou as ruas de todo o Brasil contra a terceirização, contra a reforma trabalhista, contra o governo e a favor de uma nova eleição direta”, disse o diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na Bahia, Cedro Silva. A central foi uma das organizadoras do ato.

A Polícia Militar não divulgou o número de manifestantes. A CUT estimou em cerca de 10 mil pessoas.

Brasília

Em um ato de cerca de 40 minutos, juízes, advogados, servidores e membros da Justiça do Trabalho protestaram contra as reformas e a desvalorização da Justiça do Trabalho, no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.

“Algumas inverdades têm sido propagadas a pretexto de justificar a aprovação de uma reforma trabalhista com consequências nefastas para os trabalhadores, num Brasil que ainda enfrenta graves problemas no combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil; num país em que são registrados cerca de 600 mil acidentes de trabalho por ano, num país em que a terceirização é sinônimo de precarização da relação de emprego”, diz o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Pedro Luís Vicentin Foltran.

Segundo Foltran, há também uma tentativa de enfraquecimento da Justiça do Trabalho, que têm recebido críticas por parte de parlamentares e ministros. O presidente ressaltou que houve um corte de 90% nos investimento e 30% em despesas de custeio do orçamento da área.

 “A Justiça do trabalho existe para preservar os direitos constitucionais e infraconstitucionais, para defender a dignidade do trabalhador e do empregador”, disse o vice-presidente do TRT 23ª Região e presidente do Colégio de Ouvidores da Justiça do Trabalho, Eliney Bezerra Veloso.

O ato ocorreu no saguão de entrada do Tribunal, onde foram estendidos cartazes com os dizeres como "Trabalhador sem Justiça é escravo".

Recife

A manifestação saiu da Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, e seguiu pela Avenida Conde da Boa Vista, uma das principais vias da cidade, ocupando ao menos seis quarteirões.

Para o presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras, a terceirização e as refomas trabalhista e da Previdência vão dificultar as negociações entre trabalhadores e patrões.

“Com alto índice de desemprego, o patrão vai falar: você abre mão do seu 13º que eu te mantenho. E aí? O trabalhador vai acabar abrindo mão, reduzindo salário. Hoje a negociação já é muito difícil, tem que fazer greve para garantir o mínimo do mínimo. Imagina a gente sem a cobertura da CLT”, argumenta. O sindicalista diz ainda que, com a queda dos rendimentos e as dificuldades para se aposentar haverá menos consumo, o que prejudicaria a economia.

Recife - Manifestantes protestam contra a reforma da Previdência, reforma trabalhista e o projeto de lei da terceirização (Sumaia Villela/Agência Brasil)
Manifestantes defendem auditoria da dívida pública Sumaia Villela/Agência Brasil
Como alternativa, os manifestantes defenderam uma auditoria da dívida pública - empréstimos constraídos pelo Estado junto a organismos como instituições financeiras, e que exige o deslocamento de recursos públicos para o pagamento dos valores acrescidos de juros, entre outras propostas. “O governo está dizendo que a Previdência está quebrada, e ela não está. O que se precisa é tributar as grandes fortunas e se fazer com que os grandes devedores da Previdência paguem”, disse a aposentada Helena Barros, de 76 anos, que participou do protesto.

O ato também defendeu a convocação de eleições diretas para a Presidência da República. Com placas, os manifestantes criticaram parlamentares que votaram a favor da lei da terceirização. Um grupo teatral fez uma performance vestidos de zumbis e caveiras.

De manhã, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo fecharam a BR-101. O ato ocorreu no bairro do Curado, zona oeste da capital pernambucana, e bloqueou os dois sentidos da rodovia. Os manifestantes colocaram fogo em pneus.

Belo Horizonte

Manifestantes chegam à Praça da Estação, em Belo Horizonte, em ato contr as reformas da Previdência e trabalhista
Manifestantes chegam à Praça da Estação, em Belo Horizonte, em ato contr as reformas da Previdência e trabalhistaLéo Rodrigues/ Agência Brasil
Na capital mineira, os manifestantes se concentraram às 17h na Praça da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, e de lá caminharam até o centro da cidade, passando pela Praça Sete e chegando à Praça da Estação. Segundo os organizadores, 100 mil pessoas participaram do protesto. A Polícia Militar não realizou estimativa de público.

"Foi uma mobilização surpreendente considerando que hoje, diferente do ato do dia 15 de março, não foi um dia de paralisação de várias categorias. E mesmo assim os trabalhadores vieram. Cada vez mais as pessoas estão tomando consciência e se mostrando incomodadas com o rumo do país", avalia Beatriz Cerqueira, presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG).

O ato contou com a mobilização de diversas categorias, entre elas os professores das redes públicas e privada, metroviários, eletricitários, trabalhadores da saúde, servidores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e funcionários dos Correios, entre outros. Pela manhã, servidores municipais realizaram um protesto em separado, também no centro da cidade.  As manifestações contra as reformas propostas pelo governo federal também ocorreram em diversas cidades do interior do estado. Ao longo do dia, algumas rodovias chegaram a ser bloqueadas em cidades como Itaobim (MG), Padre Paraíso (MG) e Frei Inocêncio (MG).

Para Luciléia Miranda, integrante do movimento Levante Popular da Juventude, os jovens estarão entre os afetados pela reforma da Previdência em tramitação na Câmara dos Deputados. "A juventude, em períodos de crise, tem dificuldade de acesso ao emprego e muitas vezes encontra ambientes de trabalho mais precarizados, que não assinam carteira. Persistindo a conjuntura atual, que jovem vai conseguir contribuir por 49 anos com a Previdência?", questiona ela, que também é estudante de ciências sociais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).



* Reportagem Camila Boehm (São Paulo), Vladimir Platonow (Rio de Janeiro), Edwirges Nogueira (Fortaleza), Sayonara Moreno (Salvador), Mariana Tokarnia (Brasília) Léo Rodrigues (Belo Horizonte) e Sumaia Villela (Recife).


Edição: Carolina Pimentel