Mulheres não participaram de reunião e dizem que não foram
comunicadas.
Paralisação da Polícia Militar durou sete dias e gerou caos
no estado.
Representantes dos policiais militares e do Governo do
Estado chegaram a um acordo, na noite desta sexta-feira (10) em uma reunião sem
a participação das mulheres dos PMs que ocuparam a frente dos batalhões no
estado.
Pelo acordo, os PMs devem voltar às ruas do Espírito Santo
às 7h da manhã deste sábado (11). A paralisação completou sete dias nesta
sexta-feira (10). A informação do acordo foi publicada no blog da jornalista
Miriam Leitão.
A negociação terminou sem reajuste salarial para a
categoria, mas ficou acertado que o Governo vai desistir das ações judiciais
contra as associações, e formar uma comissão para regulamentar carga horária
dos policiais.
O secretario de Estado de Direitos Humanos, Julio Pompeu,
disse que a paralisação precisa terminar. "Eu faço apelo para que os
policiais voltem às suas atividades. O povo capixaba está cansado de ter medo.
Chega. Chega", comentou.
O Espírito Santo ficou sem policiamento porque protestos de
familiares impediram a saída de policiais militares dos Batalhões e Quartéis do
Estado. A onda de violência causada pela
falta de polícia nas ruas durou sete dias e registrou 127 homicídios, segundo o
Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol).
Mulheres
Uma das manifestantes que ocupam a porta do Batalhão de
Missões Especiais (BME), em Vitória, negou que o movimento tenha se encerrado
após a reunião entre associações e Governo. Ela preferiu não se identificar na
reportagem.
“Eles não podem fechar um acordo sendo que o movimento é das
mulheres. Não tinha nenhuma de nós lá. A reunião tem que ser passada por nós da
comissão. O movimento continua, agora é que começam as negociações, porque
conseguimos mobilizar representantes do Governo Federal”, disse, referindo-se à
vinda do ministro da Defesa, Raul Jungmann, para o estado neste sábado (11).
“É mais uma mentira. As associações nunca estiveram com
nosso movimento. Estamos reunidas agora discutindo isso. Mas para as esposas o
movimento continua”, disse outra manifestante.
A noiva de um policial militar disse que tudo não passa de
uma “estratégia política para enfraquecer as mulheres”. “Soube que colocaram
homens da Força Nacional para rodar com os carros da PM”, disse.
JC
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