O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), em entrevista
concedida a uma emissora da Paraíba, onde ele esteve nesta semana, falou que
não teme uma possível disputa entre ele e Lula para ocupar a presidência do
país, em 2018. “Eu não temo ninguém. Eu
não tenho obsessão por disputar nada. Eu encaro como lição e quem vai decidir é
o povo. Eu não quero ficar brigando chamando um de feio ou de barrigudo. Também
não vou mudar a minha maneira de ser”. Bolsonaro disse que tem rodado o Brasil
e até mesmo fora buscando possíveis soluções para o país. “Eu quero mostrar que
tem solução e as minhas palestras pelo Brasil todo tem tido uma aceitação
excepcional como tive aqui. O Brasil tem tudo para sair disso”. O parlamentar
declarou que as surpresas que aconteceram na eleição de 2016 como a vitória do
prefeito João Doria (PSDB) pode ser um indício de que também pode favorecê-lo
em 2018. “Não só no Brasil como também nos Estados Unidos. O mundo se cansou da
esquerda. Estão caindo na real. Não existe milagre. Nós acreditamos no
capitalismo e temos que valorizar, em especial, a meritocracia para que o povo
bem instruído possa ser produtivo para a nossa nação”.
Ele também falou sobre que o presidente Michel Temer (PMDB)
iniciou um mandato encontrando um “país totalmente quebrado” e que o
peemedebista está fazendo o que pode. “Agora, há um problema seríssimo. Grande
parte de sua equipe são homens e mulheres citados na Lava Jato e isso, logicamente,
incomoda e atrapalha o serviço dele. Espero que ele tenha sucesso, mas acho
muito difícil ele começar a achar, vamos dizer, um ponto de equilíbrio”.
Bolsonaro ainda deu sua opinião sobre a Operação Lava Jato. “Há muita gente
grande envolvida. Não quero falar por ela [Cármem Lúcia], mas a presidente do
Supremo poderia ter homologado todas aquelas delações, mais ainda, dar a devida
publicidade. Hoje em dia praticamente todo mundo é suspeito”, acredita. Sobre a crise nas penitenciárias brasileiras,
o deputado disse que só chegou ao ponto que se encontra atualmente porque se
defende quem está contra a lei e por tirar a autoridade do policial militar.
“Em muitas oportunidades quem sai preso e respondendo processo é o policial, o
que vale muito mais ali é a palavra do bandido do que a palavra do policial.
Estão também retirando a autoridade do policial. Não temos que ter pena de
bandido”, disparou.
Tribuna da Bahia
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