(Foto: Reprodução)
Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) com
base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que um beneficíário
do Programa Bolsa Família doou R$ 75 milhões para uma campanha eleitoral deste
ano. As identidades desse doador e do candidato não foram divulgadas. Esse é um
dos casos de possíveis irregularidades apontados no levantamento feito pelo
TCU, que levou em conta as prestações de contas dos candidatos e dados do TSE.
O levantamento mostrou que R$ 1,41 bilhão das receitas e despesas das campanhas
eleitorais de 2016 tem possíveis irregularidades. O valor representa mais de
metade dos R$ 2,23 bilhões arrecadados por candidatos e partidos neste ano. De
acordo com o TSE, há, entre os doadores, 290 falecidos.Outra suspeita apontada
pelo tribunal está na doação de R$ 50 milhões por uma pessoa que não tinha
renda compatível e a de um prefeito que doou R$ 60 milhões para o seu diretório
municipal. Os casos suspeitos incluem
ainda uma agência de publicidade com apenas dois funcionários e que foi
contratada por R$ 219 mil e outra empresa de produção, que tem entre os seus
sócios um beneficiário do Bolsa Família, que recebeu R$ 3,57 milhões. As
informações são resultado da parceria entre o TSE e diversos órgãos públicos
para fiscalizar a prestação de contas dos candidatos. Segundo o TSE, os casos
suspeitos foram encaminhados ao Ministério Público Eleitoral (MPE). Já as
suspeitas envolvendo beneficiários do Programa Bolsa Família também foram
compartilhadas com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS).
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