Resolução determina a retirada do achocolatado Itambezinho
do mercado.
Mãe denunciou que filho morreu após ingerir a bebida e
polícia investiga.
André Souza
Do G1 MT
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou
no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29) uma resolução determinando
o recolhimento de um lote do achocolatado Itambezinho e proibindo a
comercialização do produto pelo período de 90 dias, em todo o Brasil. A medida
foi tomada após a morte de uma criança de dois anos na quinta-feira (25), em
Cuiabá. Segundo a polícia, a mãe relatou que o filho morreu uma hora depois de
ingerir a bebida.
A Itambé disse, em nota, que análises laboratoriais internas
não identificaram qualquer problema na composição do produto do lote suspenso.
Os produtos que pertencem ao lote MA: 21:18 devem ser
recolhidos dos estabelecimentos comerciais pelas vigilâncias sanitárias
estaduais e municipais, segundo a Anvisa. Após o recolhimento, a bebida deve
passar por análise laboratorial.
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Morte de criança de 2 anos após beber achocolatado é
investigada em Cuiabá
A resolução de nº 2.333, assinada na sexta-feira (26), dia
seguinte à morte da criança, especifica que o produto interditado cautelarmente
foi fabricado no dia 25 de maio e tem validade até 21 de novembro de 2016. De
acordo com a Anvisa, o lote deve ser recolhido e armazenado até que um laudo
aponte o motivo da morte da criança. Segundo a Polícia Civil, que investiga o
caso, o exame que deve indicar a causa da morte deve sair em 30 dias.
De acordo com a Anvisa, a Itambé, com sede em Pará de Minas
(MG), fabricante do produto, deve apresentar um mapa de distribuição do produto
para facilitar o recolhimento do lote. Caso não seja comprovada a contaminação
do lote no prazo estipulado pela Anvisa, o produto pode ser distribuído
novamente.
Investigação
A Polícia Civil abriu
inquérito para investigar a morte da criança, a partir de denúncia registrada
pela mãe na Delegacia de Homícidios e Proteção à Pessoa (DHPP). A investigação, porém está a cargo da Delegacia
Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica).
O delegado Eduardo Botelho, da Deddica, informou ao G1 nesta
segunda-feira que os pais do menino foram ouvidos hoje e, em depoimento,
confirmaram a versão declarada no boletim de ocorrência registrado na semana
passada. Conforme o delegado, os pais disseram que a família ganhou o
achocolatado de um vizinho e que a embalagem estava fechada. A mãe ainda
declarou que ela e um tio da criança chegaram a ingerir a bebida e também
passaram mal.
O menino foi encaminhado a Policlínica do Coxipó, em Cuiabá,
com parada cardiorrespiratória e morreu na unidade.
Outro lado
Por meio de nota, a Itambé informou que foi notificada na
sexta-feira (26) sobre o suposto consumo de um produto da linha de
achocolatados Itambezinho, de 200 ml. "O referido produto está no mercado
há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato. Até o
presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação do mesmo lote", diz
a empresa.
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